Em Dezembro de 2011 a Presidente Dilma Rousseff decretou o aumento do salário mínimo para R$622. A mudança entrou em vigor em janeiro deste ano, mas o trabalhador só passou a sentir a diferença no bolso em fevereiro. Mas não foi apenas no valor do pagamento no fim do mês, mas também nas compras subsequentes.
Houve um aumento na inflação de 5,27% para 5,28%, que elevou o preço de alguns produtos que fazem parte do Indice de Preco ao Comsumidor Amplo (IPCA).
“Fazer compras continua complicado. O salário aumentou, mas tudo que a gente precisa comprar também. Acaba não fazendo muita diferença no fim do mês”, diz Marta Rocha, trabalhadora assalariada. “Sempre acho que vai sobrar alguma coisinha pra guardar no fim do mês, mas até agora... nada”, continua.
O salário aumenta, os preços dos produtos aumentam, mas acontece que o consumo tem crescido também. “Este ano, já percebemos um aumento no número de compras sim”, explica Isidoro Torres, analista de risco. “Principalmente com cartões de crédito”.
O parcelamento, quando feito conscientemente, sempre foi um aliado do cidadão assalariado. Apesar da taxa de juros, cujo valor varia de cartão para cartão, ser um pouco alta, parcelar a compra em si pode ajudar a equilibrar os gastos com a renda mensal. “Não costumo comprar parcelado. Apenas quando necessito de algo mais caro, parcelo a compra até que ela fique em um valor que dê para pagar no fim do mes”, diz a trabalhadora Marta.
Ganhar mais no fim do mês, não significa necessariamente poder gastar mais também. De um aumento de R$77 mensais no salário, calcula-se que pelo menos 90% dele irá cobrir o aumento decorrente da inflação, principalmente em produtos do dia a dia, como comida, produtos de limpeza e afins.
O jeito continua sendo procurar pelas melhores ofertas, tentar poupar e investir para fazer o dinheiro que possa ser pouco render muito.
